Quando decidiu que era hora de ter sua própria casa de praia, a arquiteta Fernanda Marques saiu em busca do cantinho perfeito. E foi em Parati, cidade colonial situada entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que ele encontrou esta linda casa de 1500 m2, repleta de espécies da flora brasileira. A morada parecia ter sido construída na medida para abrigar os sonhos de verão da arquiteta, seu marido e seis filhos. E foi ai que nasceu uma casa de praia contemporânea e cheia de design.

Desde o início, algumas premissas foram feitas pela arquiteta: a casa precisaria estar em sintonia com a atmosfera local, a decoração deveria investir em leveza, e , no limite do possível, se abrir para o ambiente externo, sobretudo para a área da piscina. O tom dominante seria o branco, que é ideal para ampliar as condições de luminosidade natural, tal como acontece nas moradas de pescadores locais.

Na decoração, grandes portas de madeira, em continuidade com o desenho das janelas, criam um diálogo permanente entre o living, os dormitórios, a vegetação circundante e o mar. Paredes, revestidas de madeira a meia altura, servem de base para inspiradas frases de poetas brasileiros. E ainda que de forma discreta, o design e a arte contemporâneos – duas das paixões da arquiteta- também marcam presença. Do acervo da família, vieram uma tapeçaria de Alex Calder, além da poltrona Jangada, de couro, assinada por Jean Gillon. No living, os pendentes do teto são Droog Design, e o anão dourado de Philippe Starck. Para garantir proteção e promover um visual mais descontraído, os sofás da italiana Minotti receberam capas de algodão. Outros dos destaques do living, uma foto de Damian Golovaty e as andorinhas em revoad criadas pela artista-plástica, Gabriela Albegaria.

Uma suavidade que se prolonga no decor das suítes, que além de citações poéticas, trazem poltrona de acrílico, almofadas de couro e forração em sisal e também do desenho do jardim, onde uma cadeira de raiz de árvore, produzida a a partir de material descartável pelo designer brasileiro Hugo França, funciona como contraponto à informalidade das espreguiçadeiras de Carlos Motta.

(Fotos: Divulgação)

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