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Arquitetos, designers e artistas

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Gabriel Wickbold: poeta, músico, fotógrafo e o mais novo galerista de SP

A gente adora o trabalho fotográfico do Gabriel Wickbold, já fizemos até um ensaio com ele para o nosso blog de Casamentos. E em 2016, ele deu um novo passo em sua carreira: abriu uma galeria de arte em São Paulo. Fomos conhecer o novo espaço e bater um papo com ele. Vem ver como Gabriel foi parar na fotografia, depois de escrever um livro de poesia aos 12 anos e comandar banda e estúdio de música dos 14 aos 22 anos.

Leia mais: A primeira exposição na galeria Gabriel Wickbold

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CLIQUE 1: COMO TUDO COMEÇOU…

Quando tinha 12 anos, escrevi um livro de poesia, publiquei e comecei a dar palestras em diversas escolas sendo uma criança ainda. E isso já foi uma plataforma para eu me tornar um comunicador. Depois disso, comecei uma banda, que durou dos meus 14 até 22 anos. Montei um estúdio, onde gravava o que compunha, além de produzir muita gente legal.

CLIQUE 2: A TROCA DAS BAQUETAS PELA CÂMERA

Em 2005, fiquei um pouco saturado com a música, com o fato de que dependia muito mais das outras pessoas do que de mim para dar certo. Na música, não basta ser um bom cantor para dar certo. Fiquei cansado dessa história de “olha o meu trabalho, olha o meu trabalho…”. Fiz duas viagens curtas, uma para a Califórnia e outra para o Peru, das quais voltei com muito material fotográfico. Dai surgiu a ideia de fazer um trabalho sobre o povo brasileiro. E após conversar com o Rubens Fernandes Junior, que foi meu professor na faculdade e é o maior crítico de fotografia do Brasil, foquei no trajeto do rio São Francisco.

Passei 45 dias fotografando, assim nasceu a série “Brasileiros”. Essa foi minha escola na fotografia, na qual dirigi pessoas que nunca tinham nem visto uma câmera na frente. Foi uma relação de conforto e desconforto que me conquistou completamente. Desde então, venho estudando essa questão de quebrar barreiras e contar, através de uma narrativa, a história das pessoas. Criei meu estúdio, e como nunca tinha montado um flash na minha vida, foi tudo uma de experiência. A fotografia se construiu como um mundo sem regras. Para mim, nunca teve certo e errado, uma fórmula perfeita para fotografar.

Série "Brasileiros"

Série “Brasileiros”

CLIQUE 3: AS SÉRIES E O PROCESSO CRIATIVO

Criei um processo criativo ao longo dos anos. Depois da série“Brasileiros”, fiz o “Sexual Color”, em 2008, série na qual transformei pessoas em telas. Em 2012, o discurso amadureceu com a série “Naïve”, que é a relação do homem com a natureza. De todas as cores que eu tinha manuseado na série anterior, nunca tinha usado o branco. O desafio foi transformar o branco em uma nova textura. E Naïve o transformou em branco craquelado e seco. Em 2014, veio “Sans Tache”. Todas as séries surgem de um incomodo que a gente está vivendo, e nesse ano, o estúdio estava com muito trabalho, e todo mundo só sabia reclamar de rugas, pintas e marcas. A série questiona essa ditadura da beleza e as marcas do tempo.

Série "Sexual Colors"

Série “Sexual Colors”

CLIQUE 4: PRÓXIMA SÉRIE

A próxima série se chama “I am Online”, que retratará o nosso sufocamento na internet. Para essa série, fiz modelos com as cabeças enroladas por uma linha – mais uma vez criando uma instalação e não uma pessoa.

Série "Naïve"

Série “Naïve”

CLIQUE 5: A GALERIA

Foi um caminho natural. Sempre fui um agregador de pessoas. O Coletivo Missa (projeto desenvolvido com Rodrigo Sá e Fabio Seixas) reflete bem isso. Ele nasceu da minha vontade de mostrar o que escutava de legal de pessoas desconhecidas e que podiam se conectar. Fiz muito desses encontros pela música, então quis fazer novos encontros na arte também. E assim nasceu a galeria. A primeira mostra traz o trabalho da fotógrafa havaiana Christy Lee Rogers (tem mais do trabalho dela neste link)

CLIQUE 6: POR QUE NÃO ESTREAR COM UM BRASILEIRO?

O mercado de arte de São Paulo é muito voltado para o próprio umbigo. Há um concorrência por 15, 16 colecionadores e é sempre para mostrar mais do mesmo. Vira quase uma obrigação você ter um trabalho de um desses caras porque ele é “f***”. Não quero trazer o mais valioso ou comercialmente viável, mas sim, o mais inspirador e desafiador. A fotografia para mim é um desafio. O ato de trazer uma fotógrafa do Havaí foi pensar na influência que ela pode trazer, bem como criar um intercâmbio entre as galerias.

Ao mesmo tempo, veio uma missão muito forte de criar um público comprador de arte. Porque, por mais bela e poética que possa ser a arte, todo mundo tem que pagar as contas. O artista precisa se acostumar a ter pessoas comprando o seu trabalho, que não precisa ser só esses 15, 16 colecionadores.

Série "Sans Tache"

Série “Sans Tache”

CLIQUE 7: DICAS PRÁTICAS DO GABRIEL PARA COMPRAR UMA FOTOGRAFIA

O PRIMEIRO PASSO PARA COMPRAR UMA FOTOGRAFIA?

Você precisa ter um afeto estético por aquela imagem. Não pode olhar para uma imagem e dizer “é bonita”, mas sim, “eu gosto!”. Tem que te agradar, porque você vai conviver com ela na sua casa. Seja triste e alegre, porque a fotografia não serve apenas para alegrar o seu dia, mas também para criar um senso crítico no seu universo.

O QUE AGREGA VALOR A UMA FOTOGRAFIA?

Tentar entender um pouco do universo do artista é a melhor forma. De onde ele veio, para onde  vai, em quais galerias já expôs, qual o tipo de pesquisa que ele tem e o que está querendo questionar com aquele trabalho. É só aí que você vai entender e conseguir pesar o valor de mercado daquela obra. E também é importante saber que são raras as situações nas quais você vai vender uma obra de arte por menos do que você pagou. É um investimento que tende a ser seguro.

A TIRAGEM INFLUÊNCIA EM QUE MOMENTO NO VALOR?

Isso também influência. Quanto mais cópias, menos exclusiva e de menor valor é aquela obra. Mas não existe uma tabela de número de cópias, o que tem, e que muita gente confunde, é que a obra número um não é a de maior valor, e sim a de menor. Um artista nunca vai vender uma obra por menos do que a anterior. O raciocínio é: a primeira foi uma aposta de alguém naquele artista. Já a última, a chance final de comprar uma peça que já deu certo.

ALGUMA DICA DE MATERIAL E CONSERVAÇÃO?

Tudo depende muito do material e da intenção do artista. Mas vamos lá: imagens muito escuras pedem vidro antirreflexo. O metacrilato está em alta e cada vez mais desenvolvido. E a conservação é igual a qualquer obra de arte, ou seja, sem muita variação climática. Portanto, não deixe ela muito exposta ao sol, nem mesmo de frente para o ar-condicionado. Isso prejudica e pode danificá-la com o tempo.

(Fotos: Divulgação)

Veja também: 3 maneiras de montar uma galeria de quadros na parede

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6 papéis de parede tropicais de Attilio Baschera e Gregorio Kramer

Quem circula pela Alameda Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo, com certeza já se deparou com uma parede cinza toda estampada com cachos de banana. A imagem nada mais é que uma das novas ilustrações da dupla Attilio Baschera e Gregorio Kramer, que em parceria com a Donatelli, lançou uma coleção inédita de papéis de parede com tecidos bem tropicais e coloridos. Para esta série, estampas já consagradas da dupla foram editadas, e novos padrões criados nas cores azul bleu de chine e off white, todos feitos com tecidos de algodão. E o legal é que também podem ser aplicados em almofadas e estofados. Dá uma olhada que lindos:

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Exposição em SP: A fotografia subaquática de Christy Lee Rogers

São Paulo está recebendo uma exposição bem interessante! Intitulada de Celestial Bodies, a mostra da fotógrafa Christy Lee Rogers, com curadoria de Gabriel Wickbold, traz 11 imagens coloridas, com inspiração nos grandes mestres da pintura barroca, as quais resultam de técnicas fotográficas e um ambiente que combina corpos humanos, água e refração da luz. “O propósito por trás do meu trabalho é questionar e encontrar um lugar de compreensão em meio a loucura, a tragédia, a vulnerabilidade, a beleza e o poder da humanidade. Minha preocupação encontra-se em questões de liberdade, tanto no ganho quanto na perda”, reflete a artista.

A exposição, que traz pela primeira vez ao Brasil o trabalho de Christy, também inaugura a Gabriel Wickbold Studio & Gallery“Os trabalhos têm uma relação muito forte com o ambiente da galeria. Eles são energéticos, acessíveis para diversos públicos, e ao mesmo tempo estimulam a reflexão com uma pesquisa profunda sobre a história da arte e um domínio técnico e autoral da fotografia”, conta Gabriel sobre a escolha da mostra para o start de seu novo espaço.

Abaixo, algumas das obras expostas:

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Serviço: 

Exposição: Celestial Bodies – A fotografia subaquática de Christy Lee Rogers
Artista: Christy Lee Rogers
Curadoria: Gabriel Wickbold
Período de exposição: De 28/01 a 11/03
Local: Gabriel Wickbold Studio & Gallery
Endereço: Rua Lourenço de Almeida, 167, Vila Nova Conceição
Tel.: 11 3051-4919
Horário: Com agendamento

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Maison&Objet 2016: Top 3 novos designers

Os últimos cinco dias em Paris, França, foram animados para os profissionais do design e da decoração de interiores. A primeira edição de 2016 da Maison&Objet, que acabou nessa terça-feira (26), apresentou boas opções em móveis e acessórios. E como já é de costume, a cada edição, a feira proporciona um espaço em destaque para seis jovens designers em ascensão apresentarem seus trabalhos. Os escolhidos deste ano são da Escandinávia. Abaixo, mostramos o trabalho dos nossos favoritos!

Katriina Nuutinen (Finlândia)

A designer é graduada em 2011 pela School of Arts and Design na Aalto University, em Helsinki, Finlândia. Seu trabalho é marcado por um acabamento moderno, inspirados pela interação entre luz e vidro.

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Troels Flensted (Dinamarca)

Formado pelo Martins College of Art and Design de Londres, Troels Flenstend voltou para a Dinamarca e abriu seu próprio Studio. Seu trabalho explora o potencial de reação de materiais diversos, cores e meios de produção alternativos. As louças artesanais são frutos dessa brincadeira com o inesperado.

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Jonas Edvard (Dinamarca)

Móveis sustentáveis, usando materiais que exploram o potencial de uma economia global sustentável, é o forte do designer Jonas Edvard, que é formado pela Royal Danish Academy of Fine Arts. Seu trabalho é marcado por uma profunda pesquisa e desenvolvimento de materiais crus e não processados.

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As cerâmicas da Carol Peraca

Visitando a Casa T-raZak na última semana, tivemos uma grata surpresa: as cerâmicas da Carolina Peraca. Brasileira, nascida no Rio Grande Sul, a designer se mudou para Londres em 2007, onde se formou em Ceramic Design na Central Saint Martins College of Art and Design, e se apaixonou pelas formas naturais e o design de produtos.

De volta ao Brasil em 2014, com a mala cheia de inspirações e referências de suas viagens pela Europa, Carol Peraca se destacou em 2015 (participou da Paralela Gift) ao cria objetos de desejo que trazem técnicas bem antigas de fabricação, e misturam materiais e texturas.

Ao todo já são três coleções: Pinceladas, a mais delicadas de todas, Areia, pratos e bowls feitos no torno com argila de alta temperatura, e as peças com couro. Gostamos tanto, que fomos bater um papo com Carol e conhecer um pouco mais do trabalho da designer. Dá uma olhada:

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– Como tudo começou, como você foi parar no design?

Desde pequena eu sempre quis fazer pequenos objetos, roupas de boneca, aprendi a bordar com a minha mãe. Estudei dois semestres de Design de Produto antes de me mudar para Londres. Fiz um curso rápido de Furniture Design na Central Saint Martins e me encantei pela faculdade e os workshops! Resolvi que era lá que deveria estudar. Fiz o Foundation in Art and Design – um ano onde se aprende sobre design e arte em geral, e a cada projeto ia focando mais numa área, que pra mim foi Design de Produto. No projeto final, passei o tempo todo no workshop de cerâmica e me apaixonei! É muito gratificante realizar uma ideia, ter um objeto em mãos feito por mim. Depois da exposição, ocorrem as entrevistas, apresentação de portfolios e fui aceita para cursar Ceramic Design, com duração de 3 anos.

– Qual seria sua marca registrada, se é que podemos eleger apenas uma? 

Minhas peças não possuem alto padrão tecnológico, são na verdade técnicas bem antigas que utilizam moldes de gesso para produzir objetos em séries, ou técnicas manuais. Tenho interesse em combinar cerâmica com couro, com metais, acho que o objeto fica inusitado e mais interessante. Vejo a cerâmica como um objeto, um produto, e procuro deixar as peças mais atraentes e diferentes.

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– Pode nos falar um pouco dessa última coleção, que traz texturas delicadas de uma flor?

A coleção de pratos e bowls de porcelana, é leve, delicada. É o desenvolvimento de um projeto iniciado durante a faculdade. O prato de jantar, chama-se Pincelada e dá cor às peças de forma sutil. O prato de sobremesa Mármore, recebe as linhas e efeitos dessa técnica que eu adoro. Os bowls são neutros, nas cores branco e grafite. Aos poucos novos itens são adicionados à coleção: mini bowls, prato fundo, novas cores, peças decoradas com ouro.

– Tem alguma peça favorita?

Acho que minhas peças favoritas são os vasos Converse. Com um molde reversível fiz dois vasos facetados com superfície marmorizada: a fluidez das linhas coloridas contrasta com a forma. Foi um projeto realizado no segundo ano de faculdade e tirei “A”! Na verdade a coleção Facets (os vasos brancos) que recebeu a nota máxima e experimentei a técnica de marbling (misturar duas cores) um tempo depois. Os vasos foram selecionados para fazer parte do diretório de Design da revista Wallpaper*.

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– Um balanço de 2015 e um projeto para 2016?

O ano de 2015 foi muito positivo! Em 2014 ainda estava estabelecendo o studio, testando materiais, me frustrando. Nesse ano, expus meu trabalho (na Paralela Gift), criei coleções novas, estou vendendo as peças em lojas do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 2016 quero participar de feiras, expor meu trabalho novamente e estar em lojas em outros estados.

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(Fotos: divulgação)

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